"Vamos construir uma cidade e uma torre, cujo cimo atinja os céus.
Assim, havemos de tornar-nos famosos para evitar que nos dispersemos por toda a superfície da Terra"
Génesis 11:4
"Ambicionas uma torre que irá trespassar as nuvens?
Lança primeiro os alicerces da humildade."
Santo Agostinho (Bispo e filósofo católico, 354-430)
Uma torre sobre um monte rochoso é atingida por um raio, uma ou duas figuras caindo, por vezes surgem vagas tempestuosas na base da torre.
A Viagem do Louco
Deixando para trás o trono do Deus-Bode, o Louco encontra uma Torre magnífica e que lhe parece misteriosamente familiar. Na realidade, ele próprio ajudou a construir esta Torre, na época em que o seu maior objectivo de vida era deixar a sua marca no mundo, provando o seu valor acima dos outros mortais. No cimo da Torre ainda residem homens arrogantes, que se acham donos da Verdade.
Ao revisitar a Torre, o Louco é atingido por um momento relampejante de lucidez: é que ele pensava que tinha deixado o seu velho Eu para trás quando embarcou nesta viagem espiritual, mas agora percebe que continua a ver-se como os homens na Torre, seguros da sua superioridade e do seu "conhecimento iluminado".
No momento desta descoberta, um raio desce dos céus e fulmina a Torre, lançando os seus residentes nas águas agitadas. Num breve instante, tudo terminou. É Torre é agora um monte de escombros, resta apenas o rochedo em que estava alicerçada. Atordoado, o Louco experimente um profundo sentimento de medo e descrença, mas parece que finalmente uma estranha clarividência o assiste. Afinal, ele deitou abaixo a sua resistência à mudança e ao sacrifício enquanto esteve Dependurado, enfrentou a Morte, aprendeu a cultivar a Temperança e lidou com as poderosas tentações do seu Diabo interior. Mas é chegado o momento de empreender a tarefa mais difícil, a de destruir as falsidades que ainda resistem dentro de si. E o que sobra desta necessária purga são as fundações da Verdade. Sobre elas terá o Louco de voltar a erguer a sua vida.
Ao revisitar a Torre, o Louco é atingido por um momento relampejante de lucidez: é que ele pensava que tinha deixado o seu velho Eu para trás quando embarcou nesta viagem espiritual, mas agora percebe que continua a ver-se como os homens na Torre, seguros da sua superioridade e do seu "conhecimento iluminado".
No momento desta descoberta, um raio desce dos céus e fulmina a Torre, lançando os seus residentes nas águas agitadas. Num breve instante, tudo terminou. É Torre é agora um monte de escombros, resta apenas o rochedo em que estava alicerçada. Atordoado, o Louco experimente um profundo sentimento de medo e descrença, mas parece que finalmente uma estranha clarividência o assiste. Afinal, ele deitou abaixo a sua resistência à mudança e ao sacrifício enquanto esteve Dependurado, enfrentou a Morte, aprendeu a cultivar a Temperança e lidou com as poderosas tentações do seu Diabo interior. Mas é chegado o momento de empreender a tarefa mais difícil, a de destruir as falsidades que ainda resistem dentro de si. E o que sobra desta necessária purga são as fundações da Verdade. Sobre elas terá o Louco de voltar a erguer a sua vida.
A carta da Torre é para muitos utilizadores do Tarot o mais nefasto dos Arcanos Maiores. Regida por Marte, esta carta fala da queda da arrogância, da experiência muitas vezes devastadora da revelação da verdade que destrói as falsas crenças e as mentiras sobre as quais erguemos o nosso Presente.
O mito bíblico da Torre de Babel descreve como vários povos tentavam chegar ao Céu, construindo em conjunto a mais alta torre alguma vez vista. Para castigá-los por tão elevadas ambições, Deus atribuiu-lhes idiomas diferentes, o que fez com que se desentendessem e desistissem de erguer a dita Torre. Noutras versões desta história, a Torre é destruída por um vento divino. Em qualquer dos casos, a Torre de Babel simboliza o desafio de conquistar um lugar equivalente ao de Deus omnipotente, e o castigo humilhante que advém de tão megalómana aspiração.
Numa leitura de Tarot, a carta da Torre anuncia a queda abrupta das ilusões que o Querente acalentou até então, o momento imprevisível e chocante em que a verdade vem à tona, e o sonho que antes parecia real converte-se agora num pesadelo. Podem surgir mudanças inesperadas, crises dolorosas, rotinas perturbadas pelo caos. Qualquer tensão emocional acumulada pode explodir subitamente, ultrapassando as defesas do ego e causando estragos em redor. O Querente pode descobrir que a sua confiança foi violada, que foi levado em erro pela sua própria vaidade. Desfazem-se todas as fantasias, resta apenas a verdade. E esta é, no final, a melhor atitude que podemos adoptar quando nos surge a carta da Torre: por muito dolorosa que seja a experiência, ela permitir-nos-á descobrir aquilo com que de facto podemos contar - o que em nós e nas nossas circunstâncias é suficientemente verdadeiro para resistir ao trovejar da Realidade.
O mito bíblico da Torre de Babel descreve como vários povos tentavam chegar ao Céu, construindo em conjunto a mais alta torre alguma vez vista. Para castigá-los por tão elevadas ambições, Deus atribuiu-lhes idiomas diferentes, o que fez com que se desentendessem e desistissem de erguer a dita Torre. Noutras versões desta história, a Torre é destruída por um vento divino. Em qualquer dos casos, a Torre de Babel simboliza o desafio de conquistar um lugar equivalente ao de Deus omnipotente, e o castigo humilhante que advém de tão megalómana aspiração.
Numa leitura de Tarot, a carta da Torre anuncia a queda abrupta das ilusões que o Querente acalentou até então, o momento imprevisível e chocante em que a verdade vem à tona, e o sonho que antes parecia real converte-se agora num pesadelo. Podem surgir mudanças inesperadas, crises dolorosas, rotinas perturbadas pelo caos. Qualquer tensão emocional acumulada pode explodir subitamente, ultrapassando as defesas do ego e causando estragos em redor. O Querente pode descobrir que a sua confiança foi violada, que foi levado em erro pela sua própria vaidade. Desfazem-se todas as fantasias, resta apenas a verdade. E esta é, no final, a melhor atitude que podemos adoptar quando nos surge a carta da Torre: por muito dolorosa que seja a experiência, ela permitir-nos-á descobrir aquilo com que de facto podemos contar - o que em nós e nas nossas circunstâncias é suficientemente verdadeiro para resistir ao trovejar da Realidade.
Fontes: Aeclectic Tarot, Learning the Tarot
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