MEDITAÇÃO PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E ESTIMULO DA CRIATIVIDADE
Thomas Edison e Albert Einstein são apenas exemplos de um grupo muito vasto de cientistas, filósofos, artistas e pessoas de todos os ofícios que reservam um bocadinho do seu dia para dormir a sesta. Quem o faz diz ser capaz de ter novas ideias e de encontrar novas soluções com maior facilidade. Aqueles que meditam sentem os mesmos efeitos, seja durante a meditação ou logo a seguir a ela. Algumas empresas até promovem pausas para a sesta, de modo a melhorar a produtividade dos seus empregados!
Alguma vez tentou aceder sem sucesso a uma recordação que sabia que tinha guardada na memória? “Ah, sei que sei o nome do tal restaurante, está “debaixo da língua” mas não me consigo lembrar!” Quando tentamos aceder a essa fugidia recordação pela primeira vez, ela não surgiu imediatamente, e então começamos a fazer um esforço consciente. Para continuar a conversa, deixamos de lado a tentativa de lembrar do nome escondido (“Hei-de acabar por me lembrar”)… e em pouco tempo, inesperadamente, eis que regressa a recordação desaparecida (“Lembrei-me, finalmente!”)
Quando a memória é acedida pela mente inconsciente, há um súbito aumento de ondas de frequência alfa que momentaneamente se sobrepõem às ondas beta. Isto acontece milhares de vezes por dia. No entanto, o processamento de informação na memória de curta duração produz ondas beta, não alfa. E como só existe um padrão de ondas dominante em cada momento, é por isso que quanto mais nos esforçamos por nos lembrar de algo, mais ondas beta são geradas, mais difícil se torna a ocorrência dominante de ondas alfa que é indispensável ao acesso a memórias de longo prazo.
O mesmo acontece com a criatividade e a resolução de problemas. Quando pensamos numa determinada questão, estamos a produzir ondas beta, e podemos aceder à memória de longo prazo apenas nos curtos instantes em que as ondas alfa se tornam dominantes. Desta forma, temos acesso apenas a uma visão global do problema e das soluções que até já equacionámos e que por isso permanecem activas na nossa mente. E é por isso que, num estado dominante beta, não nos é possível construir um pensamento verdadeiramente novo e criativo.
A chave para a criatividade é conseguirmos desviar a atenção do problema em causa, possibilitando o desenvolvimento de padrões alfa e teta dominantes. Para encontrar novas relações e estabelecer conceitos diferentes, há que rever o problema e depois… colocá-lo de lado e partir para uma frequência teta!
O processo é semelhante à meditação descrita anteriormente, mas não nos devemos deixar adormecer ou deixar que a mente divague: por isso a posição ideal é sentado, e há que ter um alvo onde focar toda a atenção.
1. Defina um horário!
2. Crie um espaço para a meditação.
3. Sente-se numa posição confortável.
Não se deve deitar. Esta forma de meditação deve produzir um estado de plena consciência alerta.
4. Reveja brevemente o problema que deseja resolver.
Faça-o resumidamente, sem se deter nas soluções que já experimentou ou sobre as quais teorizou.
5. Seleccione um alvo para a meditação.
Conte cada inspiração/expiração e, sempre que lhe surgir um novo pensamento, ponha-o de lado, recomeçando a contagem. A respiração funciona como excelente alvo onde concentrar a atenção, mas pode escolher outro desde que não esteja relacionado com o problema em questão.
À medida que a meditação vai prosseguindo, desenvolvem-se padrões alfa mais prolongados e começam a surgir as ondas teta. Sempre que um novo pensamento surge, as ondas alfa aumentam momentaneamente, tentando aceder a memórias pré-existentes, mas o que se pretende são novas ideias – por isso cada pensamento deve ser posto de lado, sem julgamento. Aceite o pensamento e liberte-se dele, recomeçando a contagem. A repetição deste processo vai estimular as ondas teta mais profundas, abrindo caminho para a expressão de novas ideias na mente consciente.
Importante: Não fique “à espera” que lhe surjam novas ideias durante a meditação. Alimentar expectativas em relação a uma solução vai apenas servir para estimular padrões cerebrais já estabelecidos e por isso mesmo não-produtivos. No decorrer da meditação podem de facto surgir novas ideias, mas é mais provável que a maioria delas surja quando voltar a encarar o problema, após a meditação. São aqueles momentos “Como é que não pensei nisso antes?” que tornam possível aceder ao imenso potencial que se esconde por detrás da mente consciente. A meditação limita-se a abrir o caminho. Com a prática, este tipo de meditação produz:
- Estados de concentração mais profundos
- Resolução de problemas e descoberta de novos conceitos
- Maior intuição e capacidade criativa
- Maior consciência das próprias capacidades intuitivas e psíquicas.
A utilização de Sons Binaurais é opcional. Para este nível de meditação, recomenda-se a utilização de sons delta. Eis um exemplo que pode utilizar:
Ajuste o volume para que seja apenas audível. Os sons binaurais vão estimular e aprofundar os padrões cerebrais teta, mas o praticante de meditação deve sempre esforçar-se por se manter alerta e concentrado. Experimente!
Adaptado de: The Nuts and Bolts of Meditation
Gosto muito de ler o vosso blog!
ResponderEliminarSinto-me cada vez mais próxima mas cada vez mais longe da meditação, pela necessidade e pela falta de tempo, respectivamente! Ler este texto ilumina! ;)
Este é sem dúvida um blog que me dá prazer ler! É pena que já há muito tempo que não publicam artigos novos. Pensam acabar com o blog?
ResponderEliminarNo vosso perfil diz que também estão no messenger, qual o endereço?
Nuno Silva silvacnuno79@gmail.com