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Perséfone era filha de Zeus, rei dos Deuses, e de Deméter, deusa da Fertilidade.
A sua mãe manteve-a sempre longe do Monte Olimpo e dos deuses que a desejavam (Hermes, Ares e Apolo), escondendo-a entre o mundo natural onde Perséfone cresceu bela e inocente. Certa vez estava Perséfone colhendo flores quando Hades, deus do Mundo Inferior, irrompeu por uma fenda na terra e levou Perséfone para os seus domínios. Desesperada com o súbito desaparecimento da filha, Deméter deixou de lado os seus deveres de guardiã da fertilidade e passou a deambular pelo mundo buscando a desaparecida Perséfone. O mundo natural perdeu a sua vitalidade e a fome e a escassez propagaram-se indiscriminadamente. Zeus decidiu então intervir, exigindo a Hades que devolvesse Perséfone a sua mãe. Havia no entanto um senão: Hades tinha convencido Perséfone a comer algumas sementes de romã, e pelas leis das Moiras (as 3 irmãs que decidiam o destino de deuses e homens), quem quer que se alimentasse no Mundo Inferior era obrigado a lá permanecer para sempre. Para cumprir com a vontade das Moiras e simultaneamente restituir a fertilidade à Terra, ficou então acordado que dali em diante Perséfone passaria uma parte do ano com Hades e outra parte do ano com Deméter. E foi assim que Perséfone se tornou a Deusa do Mundo Inferior, responsável pela sucessão das estações do ano, nas quais a Terra produz ou repousa.
A sua mãe manteve-a sempre longe do Monte Olimpo e dos deuses que a desejavam (Hermes, Ares e Apolo), escondendo-a entre o mundo natural onde Perséfone cresceu bela e inocente. Certa vez estava Perséfone colhendo flores quando Hades, deus do Mundo Inferior, irrompeu por uma fenda na terra e levou Perséfone para os seus domínios. Desesperada com o súbito desaparecimento da filha, Deméter deixou de lado os seus deveres de guardiã da fertilidade e passou a deambular pelo mundo buscando a desaparecida Perséfone. O mundo natural perdeu a sua vitalidade e a fome e a escassez propagaram-se indiscriminadamente. Zeus decidiu então intervir, exigindo a Hades que devolvesse Perséfone a sua mãe. Havia no entanto um senão: Hades tinha convencido Perséfone a comer algumas sementes de romã, e pelas leis das Moiras (as 3 irmãs que decidiam o destino de deuses e homens), quem quer que se alimentasse no Mundo Inferior era obrigado a lá permanecer para sempre. Para cumprir com a vontade das Moiras e simultaneamente restituir a fertilidade à Terra, ficou então acordado que dali em diante Perséfone passaria uma parte do ano com Hades e outra parte do ano com Deméter. E foi assim que Perséfone se tornou a Deusa do Mundo Inferior, responsável pela sucessão das estações do ano, nas quais a Terra produz ou repousa.
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O nosso Eu terá sido simbolicamente raptado por Hades, e onde antes tínhamos certezas encontramos agora apenas dúvidas. Os aspectos da vida em que isso será mais evidente podem ser encontrados na casa onde se encontra o Sol de cada capricorniano. É nessa casa que estabelecemos a sede do nosso ego, são esses temas as matérias-primas essenciais com que sempre construímos os alicerces da nossa identidade. Que combustível tem alimentado o motor da vossa revolução interior, meus bravos companheiros capricornianos? Problemas financeiros? Dificuldades de relacionamento com familiares próximos, ou com amigos? Desilusões amorosas? Se tiverem Mercúrio antes do Sol, a vossa mente racional irá preceder o vosso ego na descida aos Infernos de Hades, e talvez isso ajude a compreender melhor o que se está a passar. Sim, fomos raptados. Não, não é o fim do mundo.“Aquilo que o Casulo diz ser o Fim, o resto do Mundo chama Borboleta” (Lao Tzu).
Um detalhe do mito de Perséfone pode inspirar-nos. Hades deu-lhe a comer sementes de romã, o fruto que desde a Antiguidade simboliza o conhecimento esotérico mais secreto. Ainda que potencialmente dolorosa e certamente catártica, esta imersão nos aspectos mais sombrios do nosso ser dar-nos-á conhecimento precioso que em circunstâncias normais nos é inacessível. Conhecimento sobre nós, sobre a verdadeira natureza da nossa interacção com os outros e com o mundo.
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O que realmente nos move nos nossos sonhos, nas nossas conquistas e derrotas? Que alicerces são fundamentais à nossa estrutura interna? Em que pilares falsos nos temos vindo a apoiar inconscientemente, negligenciando o caminho que a nossa Alma escolheu percorrer nesta Vida? Este é o conhecimento secreto com que nos podemos alimentar durante o “cativeiro”, durante os longos meses de Inverno que atravessamos. Quando finalmente regressarmos à superfície, não mais seremos os mesmos. E, como Perséfone, voltaremos a repetir a viagem ao Mundo de Hades de quando em vez, sempre que as respostas superficiais não forem suficientes para saciar as inquietações que irão surgindo na construção do nosso Eu. É que as sementes da romã (como as do conhecimento secreto de nós mesmos) são deliciosas, e quando aconchegadas na Terra sob a luz do Sol podem gerar árvores vigorosas, belíssimas flores e magníficos frutos.
Nem imaginas a alegria que é poder ler-te outra vez :) Já tinha saudades!!!
ResponderEliminarComo sempre, um excelente artigo. Sabes, para mim que tenho o DSC em Capricórnio, este Plutão está a levar-me seriamente para dentro do Invferno (gostei do trocadilho). Estou a passar uma quadratura com Mercúrio, Marte e MC, está tudo a ser desafiado pelas noites frias e chuvosas.
Mas depois deste artigo fica um calorzinho no coração...tudo passa. Em breve estará cá a Primavera Ah como eu gosto da Primavera!!!
MEdusa, se bem revinda, estávamos todos com muitas saudades da qualidade da tua escrita!!! :*
Obrigada, Shin!
ResponderEliminarQue final de 2010/início de 2011 movimentado para esses lados! Estou curiosa pra saber o que a conjunção Urano/Júpiter ao teu MC vai fazer... (vou ter qq coisa parecida lá mais prá frente, por isso se pudesses partilhar o que te vai acontecendo em termos de imagem pública, dava jeito ;-)
Esta passagem de Plutão por Capricórnio coloca desafios interessantes também aos nativos dos outros signos cardinais, e neste momento em especial aos que nasceram nos últimos dias de Março (Carneiro), de Junho (Caranguejo) e de Setembro (Balança). Os nativos de Caranguejo encontrarão Plutão nalgum tipo de influência exterior que os quer dominar/tramar (o parceiro? o chefe? o banco? o governo?...) Já para Carneiros e Balança, a tensão será mais interior, e haverá certamente a tentação de fingir que "não se passa nada". Aproveitem para arrumar a casa agora, purgar as vossas estruturas internas daquilo que já não funciona (olhar para as casas onde têm o vosso Sol e onde está a passar Plutão, para perceber melhor do que se trata). E não esquecer que com a passagem de Saturno por Balança, é tempo de rever os compromissos assumidos em relacionamentos. Again, a palavra de ordem é eliminar o que já não faz sentido. Better now than later, better late than never ;-)