"E às vezes somos diabos para nós próprios, quando tentamos a fragilidade dos nossos poderes presumindo a sua potência volátil."
William Shakespeare (Dramaturgo inglês, 1564-1616)
"Mas é bem melhor ousar coisas grandiosas, obter triunfos gloriosos ainda que alternados com o fracasso, do que permanecer com os pobres espíritos que não gozam nem sofrem muito, porque estes vivem uma existência cinzenta que não conhece vitória nem derrota."
Theodore Roosevelt (Estadista e presidente norte-americano, 1858-1919)
Um demónio alado sobre um pedestal negro, duas figuras nuas (mulher e homem) presas por correntes, um pentagrama. Em alguns baralhos, uma montanha surge ao fundo.
A Viagem do Louco
O Louco segue o seu caminho após o encontro com um Anjo e a sua alquimia dos opostos (Ver Temperança). Surge no horizonte uma enorme montanha negra, governada por uma criatura meio-bode meio-deus. Junto aos seus cascos estão pessoas nuas, presas por correntes ao trono do estranho regente enquanto desfrutam de todos os prazeres terrenos: comida, bebida, sexo, drogas, ouro... A cena ameaça apoderar-se do Louco, que à medida que se aproxima do sopé da montanha sente crescer em si os seus desejos mais mundanos. Luxúria, obsessão, ganância. "Recuso submeter-me a ti!" grita ele para o Deus-Bode, que lhe devolve um olhar curioso respondendo "Limito-me a trazer à superfície aquilo que já existia dentro de ti. Não precisas temer os teus desejos, nem evitá-los ou sentir vergonha deles." O Louco fica ainda mais indignado, e apontando zangado para as pessoas acorrentadas, pergunta: "Como podes dizer isso, quando estes que aí se banqueteiam aos teus pés foram por ti escravizados?" O Deus-Bode imita o gesto do Louco, respondendo-lhe "Observa com mais atenção."
O Louco assim faz, e percebe então que as algemas que prendem homens e mulheres são suficientemente largas para serem removidas sem esforço. "Eles podem ser livres se o desejarem", diz o Deus-Bode. "Mas tens razão. Eu sou o deus dos teus maiores desejos. Estas pessoas foram escravizadas apenas porque se deixaram controlar pelos seus desejos mais básicos." E o Deus-Bode continua, apontando para o cume da montanha: "Não vês aqui aqueles que permitiram que as suas aspirações os levassem ao topo desta montanha. As inibições podem ser tão limitadoras como os excessos. Podem impedir-te de seguir a tua paixão até aos mais elevados objectivos. "
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O Louco compreende a verdade das palavras do Deus-Bode, e também o erro de julgamento que cometeu. Esta não é uma criatura maligna, mas um ser com grande poder, do mais elevado e do mais subterrâneo, simultaneamente besta e deus. Como todo o poder, este é assustador, perigoso... mas se bem compreendido e utilizado, pode ser a chave para a liberdade e a transcendência.
O Louco assim faz, e percebe então que as algemas que prendem homens e mulheres são suficientemente largas para serem removidas sem esforço. "Eles podem ser livres se o desejarem", diz o Deus-Bode. "Mas tens razão. Eu sou o deus dos teus maiores desejos. Estas pessoas foram escravizadas apenas porque se deixaram controlar pelos seus desejos mais básicos." E o Deus-Bode continua, apontando para o cume da montanha: "Não vês aqui aqueles que permitiram que as suas aspirações os levassem ao topo desta montanha. As inibições podem ser tão limitadoras como os excessos. Podem impedir-te de seguir a tua paixão até aos mais elevados objectivos. "
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O Louco compreende a verdade das palavras do Deus-Bode, e também o erro de julgamento que cometeu. Esta não é uma criatura maligna, mas um ser com grande poder, do mais elevado e do mais subterrâneo, simultaneamente besta e deus. Como todo o poder, este é assustador, perigoso... mas se bem compreendido e utilizado, pode ser a chave para a liberdade e a transcendência.
Notas interpretativas
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Fontes: Aeclectic Tarot, Learning the Tarot
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