sexta-feira, 24 de maio de 2013

Na Saúde e na Doença

Todos nós nos preocupamos com a saúde, e com a falta dela. Se é certo que são sobretudo os momentos de crise que nos levam a procurar respostas para além da realidade quotidiano, a doença crónica, prolongada e mais ou menos fatal está entre os maiores catalisadores de crise existencial que o ser humano é forçado a conhecer.

Mas afinal porque tem que sofrer o nosso corpo físico? 

A medicina, a neuroquímica e tantos outros derivados científicos procuram descobrir de como acontece a doença, a dor. Quanto ao porquê, isso já é matéria para religiões e correntes filosóficas tentarem responder. Dizem que sofremos para nos purificarmos, para pagarmos por erros passados. Ou sofremos porque estamos em desequilíbrio interno, compete-nos aprender a reencontrar o equilíbrio.

Em Astrologia, os planetas e os signos representam princípios universais. Quando pensamos em Saturno, não estamos a falar apenas dum planeta. Estamos a falar de coisas que parecem tão diversas como o chumbo, o deus Cronos, o sentido do dever, a noção de limites ou aqueles representam a autoridade e a ordem. Saturno é o nome do princípio que é comum a todas estas coisas, que as une em significado porque existe na essência de todas e de cada uma. 

No corpo humano, encontramos Saturno na pele e no esqueleto, por exemplo. Na pele, porque é o limite visível do nosso organismo, aquilo que separa o Eu físico do mundo exterior. No esqueleto, porque é a nossa estrutura essencial, a matéria rígida que nos dá forma  e organização interna. Saturno é, de certa forma, onde começa e onde termina o nosso corpo físico. 

Do mesmo modo, todos os outros planetas têm correlações com partes do corpo, com órgãos ou sistemas. E tradicionalmente os signos regemm diferentes "secções verticais" do organismo, desde Áries/Carneiro na cabeça até Peixes nos pés. 

Utilizando uma perspectiva astrológica sobre o corpo humano, é possível tentar encontrar no mapa astrológico algum tipo de insight para as doenças que nos vão assaltando ao longo da vida. Se qualquer desequilíbrio emocional que não é reconhecido como tal acaba por se manifestar fisicamente, então podemos encontrar nos nossos sintomas físicos indicações preciosas sobre o modo disfuncional como estamos a expressar certas partes da nossa identidade essencial. 

Será a pessoa com problemas auto-imunes pouco assertiva ou demasiado dominadora nas suas relações com o mundo? 

E os asmáticos, terão dificuldade em comunicar aquilo que realmente pensam e sentem?

Como em tudo o que é Astrologia, não vale a pena colocar a questão em termos de causa-efeito. Não é um ou outro planeta que nos põe doentes. Simplesmente os nossos processos internos são feitos de permanentes adaptações, transições, evoluções. Algumas trazem-nos bem-estar, catalogamo-as de "sorte" ou até "felicidade". Outras causam-nos sofrimento, chamamos-lhe "desgosto" - ou "doença", quando o mal-estar é físico. 

Meditar sobre o esboço destes processos internos que encontramos no mapa astrológico não é nenhuma cura milagrosa. Mas ajuda-nos a dar mais um passo no sentido de nos percebermos um bocadinho melhor, e de encontrarmos a nossa própria resposta ao "Porque é que isto me aconteceu a MIM!?!?" - sem intermediários nem respostas pré-definidas à partida. 

E isso, qual aspirina emocional, faz toda a diferença.

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