terça-feira, 28 de agosto de 2007

Percepção Binaural - Meditação à la Carte

"Aquele que olha para fora, sonha
Aquele que olha para dentro, acorda."


Carl Gustav Jung



Na Natureza, dois sons com frequências ligeiramente diferentes produzirão duas novas frequências, que resultam da soma e da diferença entre as duas frequências originais. Por exemplo, um som de 400 Hz e um de 410 Hz formarão um novo som de cerca de 405 Hz, que pulsa 10 vezes por segundo.

No cérebro humano ocorre um fenómeno semelhante quando dois sons com frequências semelhantes lhe são apresentados um em cada ouvido. Em resposta, o núcleo olivar inferior (localizado na parte inferior do tronco cerebral) produz impulsos eléctrico correspondentes a sons de baixa frequência que são percebidas pelo cérebro como se de um som externo se tratasse. A isto se chama percepção binaural. As pulsações produzidas pelo cérebro como resultado da percepção binaural são vulgarmente designadas de sons ou batidas binaurais.

1. Audição de sons com uma frequência
diferente em cada ouvido














2. Produção de um novo impulso eléctrico
no interior do cérebro


A percepção binaural foi descrita pela primeira vez em 1839, por Heinrich Wilhelm Dove. Sabe-se hoje que, para que no cérebro surjam sons binaurais, é necessário que os sons exteriores tenham frequências inferiores a 1000-1500 Hz, e que a sua diferença seja inferior a cerca de 30 Hz. Caso contrário, os sons percebidos por cada ouvido serão processados como sons independentes, e nenhum som binaural será gerado.

Nos últimos anos a percepção binaural tem vindo a ser alvo de um interesse crescente. Por um lado, pelos neurologistas e fisiologistas que investigam a audição e tudo o que a ela diz respeito. Por outro lado, por estudiosos e especialistas das áreas da meditação e do relaxamento, que defendem que os sons binaurais podem influenciar o cérebro de uma forma subtil, produzindo estados que podem ir do mais profundo relaxamento até elevados níveis de concentração.

A hipótese de que os sons binaurais possam influenciar outras funções cerebrais além da audição tem vindo a ser questionada e investigada à medida que aumenta o mercado de produtos que utilizam este fenómeno para promover o bem-estar. O conceito básico é o de que o som binaural, produzido no cérebro como resposta aos sons exteriores com frequências próximas, irá influenciar as ondas cerebrais, que tenderão a “sintonizar-se” com a frequência do som binaural. Quando a frequência do som binaural percebido está na gama de frequências das ondas cerebrais alfa, beta, delta ou teta, as ondas cerebrais adoptam a mesma frequência desse som binaural. Por examplo, se um som de 315 Hz é produzido no ouvido direito, e outro de 325 Hz no ouvido esquerdo, o cérebro sintoniza-se com o som binaural resultante, de 10 Hz, frequência que se encontra na gama das ondas alfa. Ora as ondas alfa são produzidas pelo cérebro quando em estado de relaxamento, por isso a audição destes sons irá induzir o cérebro a relaxar.

Tipo de ondas cerebrais, frequências aproximadas e actividades às quais estão associadas


A curto prazo, a exposição a sons binaurais parece ter efeitos quase instantâneos no estado mental do ouvinte. Mas quais os seus efeitos a longo prazo?

Segundo Bill Harris, Director do Centerpointe Research Institute – uma das empresas líderes do mercado de produtos baseados na percepção binaural -, os sons binaurais obrigam a enormes flutuações nas frequências das ondas cerebrais, flutuações essas que o sistema nervoso está preparado para receber. Para lidar com isso, vê-se forçado a reorganizar-se a um nível superior, um modelo de mudança baseado no trabalho sobre sistemas abertos não lineares que valeu o prémio Nobel da Física a Ilya Progogine em 1977. Esta reorganização do modo de funcionamento do cérebro leva à criação de novas redes neuronais, melhorando a comunicação entre os hemisférios esquerdo e direito. Assim, com audições binaurais regulares, aumentam as capacidades de aprendizagem, a criatividade, a intuição, a clareza mental e a inteligência, além das capacidades “místicas” ou “metafísicas” como experiências fora-do-corpo e percepção extra-sensorial.

A tecnologia da percepção binaural está hoje ao alcance de qualquer pessoa. Os CDs Holosync® (Centerpointe Research Institute) e Hemi-Sync® (The Monroe Instutute) são comercializados em vários níveis, que devem ser utilizados progressivamente à medida que o cérebro se vai habituando e evoluindo. A sua utilização deve ser de 1 hora diária, numa posição confortável (de preferência sentado). Não há necessidade de utilizar nenhum mantra ou qualquer outra técnica da meditação tradicional: segundo os seus defensores, os sons binaurais promovem um estado de espírito meditativo sem qualquer esforço de concentração.

E será que funciona?

Experimente e logo saberá! ;-)

Binaural Beat - Alpha (mp3)

Testemunhos de quem já experimentou:
Holosync Meditation: Does it Really Work?

terça-feira, 21 de agosto de 2007

REIKI - parte II

No primeiro artigo relativo a este tema, concluiu-se que o Reiki se baseia na distribuição harmoniosa da Energia Vital (Ki), gerada através da Energia Celestial (Rei). Uma vez que aqui se fala essencialmente do factor Energia, importa saber quais as suas características.

Quando se fala em Energia Reiki, fala-se de uma Corrente Energética apolar, que poderá assumir a polaridade necessária para o bem-estar do paciente. É uma Energia de alta-frequência, destruindo assim os Bloqueios Energéticos que impedem a livre circulação Energética pelo corpo. Estes Bloqueios Energéticos são os principais responsáveis pelo aparecimento de doenças e outros distúrbios.

Um dos principais aspectos que importa reter prende-se com o facto de que a Energia que é transmitida durante uma sessão de Reiki não provém do terapeuta. Este serve apenas de “Canal Transmissor” da Energia Celestial, pelo que, mesmo após várias sessões, os seus níveis energéticos não diminuem. Pelo contrário, o indivíduo que aplica Reiki também é beneficiado, uma vez que, como já foi referido, a energia flui através do seu corpo até ao destinatário. Tudo isto é conseguido através de uma correcta utilização da técnica, deixando-se a Energia fluir e deslocar-se até onde é necessária.

São raros os casos de reacções adversas à terapia Reiki, uma vez que esta terapia não causa mal algum. No entanto, em alguns casos poder-se-á verificar uma fase de adaptação de curta duração, através da qual, o organismo procura o equilíbrio e uma reorganização Energética, uma vez que foram removidos Bloqueios Energéticos.
Importa ainda referir que Reiki não é nem faz parte de nenhuma religião. Qualquer pessoa, independentemente do seu credo, pode ser praticante sem qualquer restrição.
Crianças e Idosos podem ser excelentes veículos de Reiki: esta técnica depende mais do amor incondicional que o terapeuta pode oferecer do que dos conhecimentos teóricos adquiridos por ele.


Fonte: Moreira, P.G. & Mattos L.F.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Enoquiano - A Linguagem dos Anjos


"A certa altura percebi que só Deus (e através dos seus Anjos) poderia satisfazer o meu desejo, que era o de compreender a natureza de todas as suas criaturas."

John Dee




O inglês John Dee (1529-1609) foi um notável matemático, astrónomo, geógrafo, astrólogo, e ocultista, chegando até a ser conselheiro das cortes da rainha Isabel I. Ao completar 50 anos, e tendo dedicado toda a sua vida ao estudo da Natureza, Dee sentia-se insatisfeito com os seus próprios progressos, e por isso começou a debruçar-se sobre os fenómenos sobrenaturais como meio de compreender melhor o mundo que o rodeava. Dee pretendia, em particular, estabelecer contacto com os anjos: seguindo a fé cristã, Dee acreditava que Deus havia enviado anjos para comunicar com os profetas, no Passado, e que seria possível restabelecer esse contacto e assim voltar a trazer a palavra de Deus à Humanidade. As primeiras tentativas fracassaram, o que levou Dee a contratar Edward Kelly, um místico que muito o havia impressionado com as suas capacidades psíquicas. Os dois homens começaram então a realizar sessões de contacto com “anjos” através de uma bola de cristal, que envolviam preparação meticulosa com orações e jejum, em linha com a tradição cristã. Kelly, fixando a bola de cristal em transe, relatava o que via a Dee, que o anotava escrupulosamente. Os anjos começaram a ensinar a Dee e Kelley a sua própria linguagem, que deveria ser utilizada em invocações especiais no início de cada sessão. Este idioma, até então desconhecido, recebeu mais tarde a designação de “Enoquiano”, numa referência ao profeta Enoque, a única personagem desde Adão a conhecer a “linguagem angélica” (como Dee lhe chamava).


De acordo com os diários de John Dee, o Enoquiano teria sido a linguagem utilizada por Deus para criar o mundo e para falar a Adão e aos anjos. Quando foi expulso do Paraíso, Adão perdeu o conhecimento do Enoquiano, e tentou recriar esta linguagem a partir das vagas memórias que lhe restavam. Começou então a ser utilizado um idioma que viria a ser o percursor do Hebreu, e que foi universalmente utilizado até à queda da Torre de Babel.


Utilizando a linguagem angélica, Dee criou um sistema mágico hoje conhecido por Magia Enoquiana. No entanto, não se sabe até que ponto esse sistema teria sido desenvolvido e utilizado pelo próprio Dee, e foram precisos vários séculos para que os diários de Dee fossem devidamente valorizados pelos estudiosos do ocultismo, o que veio a acontecer pela mão de Samuell McGregor Mathers, fundador da Ordem Hermética da Aurora Dourada. Mais tarde, Aleister Crowley viria a escrever com e sobre o Enoquiano, contribuindo para a sua divulgação entre as diversas correntes ocultistas do séc. XX.

A Magia Enoquiana reveste-se de uma complexidade muito superior à de outras teorias mágicas. A sua interpretação requer profundos conhecimentos de numerologia, e o facto de a maioria dos manuscritos originais de John Dee ter sido destruída pouco depois da sua morte leva a que muitas das chaves indispensáveis à interpretação e utilização do Enoquiano se tenham perdido irremediavelmente. Contudo, várias escolas de pensamento utilizam hoje a linguagem angélica, estudando-a à luz das suas convicções e ensinamentos, sem nunca subestimar o imenso poder que muitos acreditam estar por detrás da linguagem dos anjos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Tarot - VI. Os Enamorados

Mal fora iniciada a secreta viagem
Um deus me segredou que eu não iria só

Por isso a cada vulto os sentidos reagem,
Supondo ser a luz que deus me segredou.

David Mourão Ferreira, Inscrições sobre as Ondas in A Secreta Viagem (1950)


Simbologia e Arquétipo

No baralho Rider-Waite, um anjo ou cupido paira sobre um homem e uma mulher – Adão e Eva -, ladeados por duas árvores, uma delas com maçãs e uma serpente. Noutros baralhos, uma das árvores tem flores e a outra frutos, e é possível ainda encontrar versões desta carta nas quais figura um homem entre duas mulheres.

Esta carta simboliza o desejo instintivo do ser humano que o move na busca de uma “alma gémea”, de alguém com quem possa estabelecer um relacionamento e partilhar a vida.


A Viagem do Louco

O Louco chega a uma encruzilhada. Sente-se pleno de energia e confiança, sabe exactamente o que quer, onde ir, e o que fazer. No entanto, pára neste ponto do percurso, onde deve decidir-se entre dois caminhos. Uma árvore em flor marca o caminho que ele deseja seguir, o caminho que planeou para si. Mas, no outro lado, está uma árvore com frutos, e uma mulher. O Louco já teve relacionamentos com outras mulheres, algumas muito mais belas e sedutoras que esta. Mas esta é diferente. Ao vê-la, sente que o seu coração foi trespassado por uma seta do Cupido: a sensação é de choque, quase dolorosa. Ao falar com ela, a emoção intensifica-se. É como se tivesse encontrado uma parte de si próprio que andava desaparecida, e pela qual procurou durante toda a sua vida. Torna-se óbvio de que ela sente o mesmo. Terminam as frases um do outro, têm os mesmos pensamentos, como se um anjo tivesse apresentado as suas almas uma à outra. Embora planeasse seguir o caminho da árvore em flor, e embora lhe cause algum transtorno levar uma mulher consigo no restante da viagem seguindo um caminho totalmente diferente, o Louco não se atreve a deixá-la para trás. Como a árvore com frutos, ela irá satisfazê-lo completamente. Não importa o quão distante ele vá ficar do seu objectivo inicial: ela é o seu futuro. O Louco escolhe-a, e juntos iniciam um percurso inteiramente novo.





Os Enamorados no Baralho World Spirit (Lo Scarbeo, 2006)








Notas Interpretativas

Originalmente, esta carta era designada apenas por “Amor”, o que talvez seja mais adequado do que “Os Enamorados”. O Amor é consequência do crescimento, da maturidade. É a força que nos faz escolher e decidir por razões que frequentemente não compreendemos; faz-nos render a nossa vontade a um poder superior. Esta carta fala no encontro de duas pessoas que fazem parte uma da outra, que estão numa sintonia tão perfeita que é impossível resistir à atracção. Curiosamente, a carta dos Enamorados é governada por Gémeos, um signo racional e não emocional. Isto porque se trata aqui da comunicação perfeita, de encontrar algo pelo qual a alma anseia.





Os Enamorados no Baralho Fey (Lo Scarabeo, 2002)







Numa leitura, esta carta sugere normalmente que o Querente está (ou estará em breve) perante uma escolha: uma pessoa, uma carreira, um desafio, alguma coisa pela qual se irá apaixonar. Saberá instintivamente que o que tem a fazer, mesmo que isso signifique divergir daquilo que havia planeado inicialmente. Independentemente da opinião das outras pessoas, deve confiar em si próprio para tomar a decisão. Quaisquer que sejam as dificuldades, apenas importa saber que, sem a escolha certa, nunca se sentirá completo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

As Famílias das Runas

As Runas são um oráculo, não um instrumento para se saber a “sorte”. Um oráculo dirige as nossas atenções para as motivações e para os medos escondidos que moldam o nosso futuro com a sua imperceptível presença em cada momento.

Os oráculos não nos livram da responsabilidade de escolhermos o nosso futuro, dirigem a nossa atenção para as opções interiores que podem ser os elementos mais importantes na determinação desse futuro. Elas lembra-nos em que “porto” nós estamos na nossa viagem interior…

As Runas “FUTHARK” germânicas tradicionais são compostas por 24 runas. Só mais tarde foi adicionada a 25ª runa, a runa “branca” de ODIN – o Karma ou “destino”. Estas foram divididas em 3 famílias de 8 runas. Na realidade, os números 3 e 8 são números com poderes especiais, pelo menos neste oráculo.


As famílias das runas (ou “aettir”):

Os 8 de FREYR





Os 8 de HAGAL





Os 8 de TYR




“A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em buscar novas paisagens, mas sim em ter novos olhos.”

Marcel Proust

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Signos do Zodíaco - III. Gémeos

"A minha mente revolta-se contra a estagnação. Dêem-me problemas, trabalho, o mais abstruso dos criptogramas, ou a análise mais intrincada, e estarei então na minha atmosfera. Mas abomino a rotina monótona da existência. Anseio por exaltação mental."

Sir Arthur Conan Doyle

Sistema Tropical: c.21 de Maio – 20 de Junho
Sistema Sidereal: c.16 de Junho – 15 de Julho
Sistema Solar: c.20 de Junho – 20 de Julho
Constelação: Gemini
Elemento: Ar
Qualidade: Mutável
Partes do Corpo: Mãos, braços, ombros, ouvidos, pulmões, sistema nervoso.
Regência Primária: Mercúrio
Regência Base: -
Exaltação: Plutão
Exílio: Júpiter e Neptuno
Queda: -
Pedra preciosa: Ágata
Metal: Mercúrio
Cores: Amarelo
Números: 1, 5
Dia: Quarta-Feira



Simbologia

Os mais antigos relatos referentes à constelação de Gémeos surgiram na Índia, onde era conhecida por “Aswins” ou “Os Cavaleiros Gémeos da Aurora”. Esta noção remonta a cerca de 6000 anos atrás, quando as estrelas gémeas apareciam no céu no início da manhã do equinócio primaveril. Os Cavaleiros Aswin eram por isso considerados os mensageiros da chegada da Primavera. A ideia de que estas estrelas representavam irmãos gémeos ter-se-á espalhado da Índia para a Pérsia, e daí para a Grécia, Roma e eventualmente o resto da Europa. Os antigos romanos referiam-se à constelação literalmente como “Irmãos Gémeos”, e associavam-no da irmandade associado à fundação do Império Romano. Como protectores da Cidade, os irmãos Rómulo e Remo apareceram nas primeiras moedas da República, muitas vezes montados em cavalos e armados com lanças.

Para os Maias, esta constelação era a do Porco Selvagem, enquanto para os nativos Tewa do México, este grupo de estrelas constituía um ponto de bifurcação onde seria decidido que caminho seria seguido na vida. Os Egípcios veneravam os gémeos “Horus, o Velho” e “Horus, o Novo”, enquanto na Babilónia apenas se utilizava a designação “Grandes Gémeos”. Enquanto na Arábia este conjunto de estrelas foi sempre associado a gémeos, na China era visto como uma representação do Yin e do Yang, símbolo do eterno dualismo.


Mitologia Grega

Embora várias lendas greco-romanas sejam atribuídas à constelação de Gémeos, incluindo a dos gémeos Rómulo e Remo, fundadores de Roma, as fontes mais antigas falam da história de Castor e Polux como estando na origem da designação destas estrelas.

Leda teve dois filhos, Castor e Polux. Castor era filho do marido de Leda, Tyndareu, Rei de Esparta, e era mortal. Polux era filho de Zeus, e por isso estava destinado à imortalidade. De acordo com a lenda, os irmãos nasceram de um mesmo ovo, e eram conhecidos por ser fortes e corajosos, porém educados e gentis. Quando Jasão lhes pediu ajuda para a conquista do Tosão de Ouro, Castor e Polux acederam e embarcaram com os restantes Argonautas. Durante a viagem, uma poderosa tempestade abateu-se sobre o barco, mas rapidamente serenou quando um par de estrelas apareceu sobre a cabeça dos gémeos.


Outra lenda conta que os irmãos se apaixonaram por duas belas irmãs, filhas de Leudipus, que já estavam prometidas em casamento. Os seus noivos, Idas e Lynceus, seriam filhos de Poseidon, e por isso primos de Castor e Polux. Os gémeos desafiaram os seus rivais para um duelo, onde Castor foi mortalmente ferido por Idas. Tomado pelo desgosto, Polux tentou suicidar-se para juntar-se ao irmão, o que se revelou impossível atendendo à sua imortalidade. Reconhecendo este gesto de amor fraterno, Zeus colocou ambas as suas almas imortais nos céus, para que o sentimento que os unia nunca mais fosse esquecido. No entanto, Zeus determinou que os irmãos haviam de passar a eternidade alternando entre a luz e a escuridão, entre um dia no Olimpus e o dia seguinte no Hades.


Muitas estátuas foram erguidas em honra a Castor e Polux, e as suas esculturas foram utilizadas como figuras de proa em navios, como pedido de protecção.


Significado Astrológico

Gémeos marca o final da Primavera, momento em que os frutos, ainda verdes, esperam o Sol de Verão para poderem amadurecer. É a adolescência que observa um novo mundo com olhar curioso, ávida de novos estímulos intelectuais mas ainda fisicamente ligada ao ambiente natal. A extraordinária mobilidade mental é provavelmente a característica-chave de Gémeos, que traz consigo o enorme inconformismo típico da juventude. A atitude perante a vida é de despreocupação, alegria, ligeireza que muitas vezes se torna inconsciência. A descoberta da própria identidade é feita através das percepções intelectuais obtidas do meio circundante, e o desejo de afirmação pessoal é favorecido pela enorme capacidade de comunicação e socialização que são típicas de Gémeos. O sentido de humor e o espírito crítico são uma constante, assim como o desejo de novidade e de permanente contacto com os outros, embora se possa tornar egoísta e pouco honesto.

O seu lema? Os meus pensamentos têm asas.
Como se define? EU PENSO!

Fontes:
Introdução à Astrologia,
de Lisa Morpurgo (Ed. Pergaminho)
Manual de Interpretação Astrológica, de Stephen Arroyo (Pub. Europa-América)
Penumbra

Wikipedia