terça-feira, 22 de maio de 2007

Quiromancia - Introdução

As mãos também são o espelho da alma…

A Quiromancia é uma arte antiga cuja origem, ainda não completamente esclarecida, remonta às primeiras civilizações do Crescente Fértil, do Extremo Oriente e da Índia. Chegou ao Ocidente por meio dos povos nómadas que vieram da região da Índia. Um destes povos é o que hoje chamamos de povo Cigano, que tem mantido esta prática na sua cultura popular, passada sobretudo de mães para filhas. Daí que todos nós quando pensamos na “leitura das mãos” imaginamos de imediato uma cigana.
Parece haver relatos de algumas evidências desta prática nos povos da América Pré-colombiana, o que ainda não foi completamente demonstrado. Esta prática gerou uma ciência denominada Datiloscopia, que estuda a identificação das pessoas através de detalhes e traços únicos que cada mão contém em particular, como as impressões digitais.

A Quiromancia focaliza-se nas experiências de vida (Passado, Presente e Futuro), nos indicadores do destino vocacional/profissional, nas emoções e nas sensações do mundo de cada um de nós. No fundo, as mãos dão-nos o caminho para o nosso conhecimento interior e o nosso papel no mundo.

A palavra Quiromancia, actualmente utilizada no nosso vocabulário, deriva do grego bizantino Kheiromanteía, que por sua vez, deriva da palavra Kheir, que significa "mão", e Manteía, que significa "adivinhação".

Na Idade Média, os praticantes desta arte foram perseguidos, já que esta e todas as artes divinatórias eram entendidas como bruxarias e práticas demoníacas. No século XX, tal como aconteceu com outras práticas esotéricas, os seus seguidores esqueceram a principal filosofia desta prática, bem como a sua linguagem simbólica, sobretudo a astronómica/astrológica. A Quiromancia sofre então várias ramificações, a maioria das quais muito mal utilizada, com outra simbologia e diferentes nomenclaturas.

A Quiromancia interpreta a estrutura, a forma, as linhas e os principais detalhes das mãos para deduzir aspectos importantes da vida, do carácter, da personalidade e dos talentos dos indivíduos. A “leitura das mãos” faz sucesso por vários motivos. O primeiro é que, tal como as Runas ou a Cartomancia simples, a Quiromancia usa uma linguagem muito clara, precisa e directa, tornando-a num poderoso instrumento que não deve ser utilizado de ânimo leve.
Muitos autores comparam as linhas das mãos com um Mapa Astral que é levantado para o nascimento de uma pessoa, pela Astrologia: “são as linhas que nascem com a pessoa”, o traçado do caminho de cada um. Pensa-se que esta semelhança se deve à origem comum no tempo destas duas práticas, facto verificado pela simbologia e nomenclatura que é usada na Quiromancia como, por exemplo, certos aspectos das mãos que têm o nome dos principais planetas: monte de Vénus, monte de Júpiter ou o monte de Saturno.

Convém lembrar que muitas das nossas linhas das mãos mudam. São afectadas pelas profissões que temos, pelos trabalhos e tarefas que realizamos. São modificadas por alguns acidentes que ficam registados com cicatrizes. As linhas do nascimento são alteradas pelo nosso caminho, pelas nossas escolhas, daí muitas delas serem alteradas ao longo do tempo.

Será que devemos mostrar a nossa mão, para leitura, a qualquer pessoa?
Pela mesma razão que não devemos mostrar o nosso mapa astral a uma pessoa que pense saber algo de Astrologia, também não devemos mostrar as nossas mãos a uma pessoa que dá um mau uso à Quiromancia para não ficarmos afectados com aquilo que foi dito. No entanto, um mau praticante será mais afectado por aquilo que diz!

Porquê as mãos?
As mãos são canais energéticos por onde a energia fluí. São parte essencial no Reiki, as mãos juntas são usadas para orar ou meditar, etc. São uma parte do corpo que reúne “informação” sobre o resto do corpo, tal como os pés, estudados na Reflexologia.

No fundo a “sorte” está na palma das nossas mãos mas cabe a cada um de nós trabalhar para isso…


Fonte: Fascículos Planeta-Agostini; Publicações de Amy Brown, Bel-Adar, Lori Reid, Roz Levine, Lord Kitchener & Cheiro e Matthias Mala.

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